Segue um relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima:
As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias , desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
Pra começar o mais difícil de se encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável; tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai.
Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 Km), existe um trecho de aproximadamente 200Km (reserva indígena de Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde. Nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos), para que os mesmos não sejam incomodados.
DETALHE:
Você não passa se for brasileiro.
O acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses.
Dos 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
DETALHE:
Americanos entram na hora que quiserem; se você não tem uma autorização da FUNAI, mas tem dos americanos, então você pode entrar.
A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas quase ninguém fala português.
É comum na entrada das reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas.
É comum se encontrar por aqui americanos tipo nerds caçando borboletas e joaninhas para catalogá-las, mas, pasmem:
Se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçú, açaí, camu-camu, etc., medicinais ou componentes para fabricação de remédios,
Pode se preparar para pagar Royalties para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da amazônia.
Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos:
É, os americanos irão acabar tomando conta da Amazônia?
E em todas elas ouvi a mesma resposta em diferentes palavras. Irei reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
Irão não, meu filho, tu não sabe mas tudo aqui já é deles. Eles comandam tudo... Você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam!!!
Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra. Aqui vai ser a mesma coisa.
A dona é bem informada, não?!
O pior é que segundo a ONU, o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm nome de nação indígena, o que pode levar os americanos a alegar que estão libertando os povos indígenas.
Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico.
Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois, essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês (isso pode causar um incidente diplomático).
Pergunto inocentemente às pessoas, porque os americanos querem tanto proteger os índios. E a resposta é absolutamente a mesma:
Porque as terras indígenas, além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Parece que as pessoas contam essas coisas como num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
É pessoal... Podemos ter certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.
Será que podemos fazer alguma coisa?
COM CERTEZA, SIM!!!
Pelo menos repassar este e-mail para que um maior número de brasileiros fiquem sabendo desses absurdos...
Relato de: Juliana Moreira
Extraído de “O Democrata” edição de 16 de outubro de 2004
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